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Ronda Rousey Revela Motivo Profundo por Trás de sua Aposentadoria do MMA: Preocupações com Concussões Cerebrais

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A renomada ex-campeã peso-galo do UFC, Ronda Rousey, abriu o coração sobre os motivos que a levaram a se aposentar do mundo das artes marciais mistas (MMA). Em sua recente biografia intitulada “Nossa Luta” (“Our Fight” em inglês), Rousey compartilhou uma verdade íntima: seu histórico de concussões cerebrais desde os tempos de judô foi o catalisador de sua decisão de pendurar as luvas.

A medalhista olímpica de bronze em judô destacou em uma entrevista ao jornal “The Guardian” suas preocupações profundas com os efeitos potencialmente debilitantes das concussões, especialmente à luz das doenças neurológicas presentes em sua família, como Alzheimer e demência.

“Eu me preocupei com isso porque já temos Alzheimer e demência em nossa família, e esses membros da família não levaram muitas pancadas na cabeça”, compartilhou Rousey.

Aos 37 anos, Rousey admitiu sentir ansiedade com relação à sua condição, especialmente ao se deparar com situações cotidianas desconcertantes. Desde lapsos de memória até momentos de desorientação, ela expressou preocupações genuínas sobre os sinais potenciais de demência.

“Em alguns momentos estou cantando uma canção de ninar para minha filha e erro uma palavra. Eu fico tipo: ‘Meu Deus, é isso (o início da demência)’. No caminho para casa esta manhã, depois de deixar minha filha no primeiro dia de pré-escola, estava passando por esquinas pelas quais já havia passado centenas de vezes e, por um momento, pensei: ‘Onde estou?'”, compartilhou Rousey.

Apesar de sua proeminência e sucesso no mundo do MMA, com uma carreira repleta de 12 vitórias consecutivas, Rousey revelou a pressão para esconder suas lutas contra concussões, especialmente durante sua transição do judô para o MMA.

“Eu tive muito mais concussões do que qualquer outra pessoa em 10 anos de carreira no judô. Então, quando comecei a praticar MMA, não queria que ninguém soubesse. Eles já tinham motivos suficientes para tentar me impedir de entrar no MMA e depois no UFC. Eu não queria falar mais nada sobre concussão e tive sorte de ter as habilidades necessárias para vencer a maioria das lutas muito rápido”, revelou Rousey.

Rousey também abordou o estigma associado às concussões no mundo das artes marciais mistas, destacando como o tema é frequentemente encarado como uma fraqueza pessoal, em vez de uma questão neurológica séria.

“As pessoas falam do seu ‘queixo’ com muita reverência. É jogado como se fosse um traço de personalidade ou um sinal de sua força de vontade para absorver golpes. Essa é outra razão pela qual nunca quis falar sobre concussão. Parecia que era uma fraqueza pessoal e não uma degeneração neurológica que venho experimentando desde que era criança”, concluiu Rousey.

A coragem de Ronda Rousey em compartilhar sua jornada e suas preocupações sobre as concussões cerebrais oferece uma perspectiva crucial sobre os desafios enfrentados pelos atletas de alto rendimento e lança luz sobre a importância da saúde mental e neurológica no mundo dos esportes.