Um momento controverso sacudiu os campos da segunda divisão inglesa na última quarta-feira, quando o zagueiro Dedric Kipre, do West Brom, utilizou a mão para evitar um gol do QPR durante o empate em 2 a 2. A jogada, que aconteceu aos sete minutos do segundo tempo, envolveu um cruzamento da esquerda e um cabeceio certeiro do meia Sam Field em direção ao gol. A bola conseguiu passar pelo goleiro do West Brom, Alex Palmer, mas Kipre, ao lado, reagiu com rapidez, interceptando o gol com a mão.
A ação de Kipre foi tão súbita que, no momento, os jogadores do QPR mal tiveram tempo de reagir para pedir um pênalti. Foi apenas após o replay, captado pela equipe de transmissão televisiva, que a irregularidade se tornou evidente. O lance despertou lembranças da famosa “Mão de Deus” de Maradona, na Copa do Mundo de 1986, quando o craque argentino marcou um gol com a mão contra a Inglaterra.
É importante destacar que a segunda divisão inglesa não conta com o VAR, o que permitiu que a ação de Kipre passasse despercebida pela arbitragem e permanecesse impune.
Após o jogo, o técnico do QPR, Marti Cifuentes, optou por uma abordagem leve sobre o assunto, preferindo evitar críticas diretas:
“Fui informado de que o West Brom jogou com dois goleiros. O futebol é um jogo com erros, e, infelizmente, os árbitros também podem cometer erros. É o segundo trabalho mais difícil do mundo, depois de ser técnico. Mas não vou reclamar. Estou aqui para que meu time seja melhor que isso. Se hoje jogamos contra dois goleiros, teremos que treinar contra dois goleiros”, brincou Cifuentes.
No entanto, o zagueiro do QPR, Steve Cook, não hesitou em expressar sua insatisfação com a arbitragem:
“Foi flagrante a mão na bola do Kipre. Não pode haver esse tipo de erro. Foi uma decisão terrível da arbitragem”, criticou Cook.
Com o empate, o QPR continua lutando contra o rebaixamento para a terceira divisão, ocupando atualmente a 19ª posição na tabela, apenas um ponto acima da zona de descenso. Uma vitória poderia impulsionar a equipe londrina para a 16ª posição, mas a polêmica levanta questões sobre a equidade e precisão das decisões arbitrais na competição.