O tênis brasileiro voltou a sorrir com Bia Haddad Maia. Neste domingo, a paulistana de 29 anos conquistou o título da chave de duplas do WTA 250 de Nottingham, na Inglaterra. Ao lado da alemã Laura Siegemund, a tenista venceu Ena Shibahara, do Japão, e Anna Danilina, do Cazaquistão, por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/2, garantindo seu primeiro troféu da temporada e o oitavo da carreira nas duplas.
A conquista marca também a primeira vitória da parceria entre Bia e Siegemund, que vinha batendo na trave em outras competições. Juntas, elas já haviam sido vice-campeãs do prestigiado WTA 1000 de Indian Wells em 2023 e do WTA 500 de Adelaide neste ano. Agora, finalmente, o topo do pódio se tornou realidade.
Nottingham: um torneio especial para Bia
A grama de Nottingham parece ter uma conexão especial com Bia Haddad. Em 2022, ela fez história ao conquistar seu primeiro título de simples da WTA nesse mesmo torneio, além de vencer também a chave de duplas naquele ano. Dois anos depois, volta a erguer o troféu de duplas, consolidando sua relação afetiva com o evento britânico.
“Nottingham tem um lugar especial no meu coração”, declarou a brasileira após a vitória. “Conquistei meu primeiro título da WTA aqui e vou carregar esse troféu com grandes memórias. Foram condições difíceis para todos aqui, tentamos jogar com o vento hoje e conseguimos. Acho que estamos melhorando a cada semana, e espero que continuemos assim até Wimbledon.”
Domínio e consistência na final
A decisão em Nottingham começou equilibrada, com ambas as duplas confirmando seus serviços nos games iniciais. No terceiro game, Bia e Siegemund sofreram uma quebra, mas reagiram rapidamente e devolveram a quebra no game seguinte, empatando em 2/2. A partir daí, assumiram o controle da partida, explorando os erros das adversárias e aplicando um jogo sólido e agressivo. Com mais duas quebras, fecharam o primeiro set em 6/3.
No segundo set, a dupla voltou ainda mais concentrada e quebrou o saque de Shibahara e Danilina logo no primeiro game. Mantendo a consistência e pressionando as adversárias em todas as devoluções, a brasileira e a alemã conseguiram nova quebra no sétimo game e abriram 5/2. No game final, mesmo enfrentando um 0/40, Siegemund sacou com qualidade e confirmou o serviço, selando a vitória por 6/2.
Momento de virada na temporada de Bia
Apesar do sucesso nas duplas, a temporada de Bia Haddad nas chaves de simples tem sido marcada por altos e baixos. Após um início difícil em 2025, com nove derrotas consecutivas, a brasileira começa a reencontrar seu melhor tênis. Recentemente, alcançou a semifinal do WTA 500 de Estrasburgo, sendo eliminada apenas pela ex-número 3 do mundo, Elena Rybakina.
Em Nottingham, Bia também competiu em simples, mas foi eliminada nas oitavas de final pela norte-americana Emma Navarro. A campanha, embora mais curta, demonstrou evolução física e técnica, o que alimenta expectativas positivas para a sequência da temporada — especialmente com Wimbledon se aproximando.
Expectativas para a grama e a preparação para Wimbledon
A vitória em Nottingham chega em um momento estratégico para Bia Haddad. A temporada de grama é curta, mas pode ser decisiva, principalmente para tenistas que conseguem se adaptar rapidamente ao piso. O desempenho dominante na final mostra que a brasileira está confortável nesse tipo de quadra, o que pode ser um bom sinal para Wimbledon, o mais tradicional torneio do calendário.
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Além disso, o entrosamento com Laura Siegemund promete render frutos também em Grand Slams. A dupla se mostrou equilibrada taticamente e com boa comunicação em quadra — ingredientes essenciais para brilhar em jogos longos e de alto nível.
Uma carreira em ascensão nas duplas
Com o título em Nottingham, Bia Haddad Maia chega à sua oitava conquista em torneios de duplas da WTA. É mais uma prova de sua versatilidade e do crescimento técnico ao longo dos anos. Atualmente, ela ocupa a 41ª posição no ranking de duplas e a 21ª no ranking de simples, consolidando-se como uma das tenistas mais completas do circuito feminino.
Aos 29 anos, a brasileira vive uma fase de amadurecimento e equilíbrio, dividindo com inteligência sua participação em simples e duplas. A tendência é que, com mais consistência nos resultados, ela se firme como nome forte para os Jogos Olímpicos de Paris e os Grand Slams que estão por vir.
Conclusão: vitória que inspira e projeta o futuro
A conquista de Bia Haddad em Nottingham é mais do que um título. É um sinal claro de que a brasileira está no caminho certo para retomar sua melhor forma. A parceria com Laura Siegemund se mostrou promissora, o desempenho na grama foi convincente e o momento emocional — no mesmo local onde ela venceu pela primeira vez na WTA — trouxe ainda mais significado à taça.
Com Wimbledon no horizonte, Bia entra no circuito com confiança renovada. Se o início de ano foi instável, o presente já aponta para uma fase mais vitoriosa. E o tênis brasileiro segue acreditando.
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