Corinthians e Vitória protagonizaram um duelo sem gols, mas cheio de tensão e oportunidades desperdiçadas, na noite deste domingo (1º), na Neo Química Arena, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com grande presença de público e sob os olhares do técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, o Timão dominou grande parte da partida, mas esbarrou em duas bolas na trave e em grande atuação do goleiro adversário. O resultado, porém, foi lamentado por ambas as torcidas.

Divulgação: Vitória
Domínio corintiano sem efetividade
Desde os primeiros minutos, o Corinthians tomou as rédeas da partida. Com mais posse de bola e controle do meio-campo, o time comandado por António Oliveira buscava as jogadas principalmente pelos lados, com Bidu e Talles Magno tentando cruzamentos perigosos. Logo aos 19 minutos, Memphis Depay protagonizou a primeira grande chance ao acertar um chute violento defendido de forma heroica por Lucas Arcanjo, que chegou a ser atingido no rosto e precisou de atendimento médico.
Mesmo com amplo domínio, o Timão pecava na última bola. Aos 49 da primeira etapa, Memphis encontrou Talles Magno na área, que cruzou rasteiro para ninguém completar. A torcida, com quase 45 mil presentes, começava a demonstrar impaciência com a falta de pontaria.
Segundo tempo animado e trave salvadora
O segundo tempo trouxe mais emoção, com o Corinthians aumentando a pressão. Aos 17 minutos, Rodrigo Garro, novidade na etapa final, deixou Talles Magno na cara do gol. O atacante bateu com estilo, mas a bola explodiu na trave. Mesmo com o impedimento marcado no lance, o susto mostrou a intensidade corintiana.
Pouco depois, foi a vez de Garro acertar a trave em uma cobrança de falta venenosa, levando a torcida ao delírio momentâneo e, em seguida, à frustração. A bola teimava em não entrar, e o clima de tensão aumentava em Itaquera.

Divulgação: Cortinhinas/IconSport
Vitória cresce no jogo e Hugo brilha
Após suportar a pressão, o Vitória decidiu se arriscar no ataque. Aos 26, Renato Kayzer soltou uma bomba e obrigou o goleiro Hugo Souza a fazer uma defesa espetacular. O camisa 1 do Timão, recém-convocado para a Seleção Brasileira, justificava sua presença na lista de Ancelotti com atuações seguras.
O time baiano voltou a ameaçar aos 33, com um cruzamento rasteiro interceptado por Hugo no último instante. Na sequência, o técnico Carlo Ancelotti deixou as tribunas da Neo Química Arena, tendo visto o suficiente — e talvez satisfeito com o desempenho do goleiro corintiano.
Antes do apito final, ainda deu tempo de Rodrigo Garro acertar mais uma vez a trave em nova cobrança de falta, e Baralhas, do Vitória, arriscar de longe, com a bola passando perigosamente rente à trave.
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Reações e vaias ao final
O apito final decretou o 0 a 0 e também uma forte vaia vinda das arquibancadas. A torcida corintiana reconheceu o esforço da equipe, mas não perdoou a falta de gols. O empate deixou o Corinthians na 11ª posição, com 15 pontos, e o Vitória em 16º, com 10 pontos — posição que representa alívio momentâneo, saindo da zona de rebaixamento.

Divulgação: Corinthians
Público, renda e presença de Ancelotti
A partida contou com 44.579 pagantes (44.943 presentes) e arrecadação superior a R$ 3 milhões, mostrando a força da torcida corintiana mesmo em momentos de oscilação da equipe. A presença de Carlo Ancelotti também atraiu os holofotes. O treinador italiano, que tem avaliado jogadores para a Seleção, foi homenageado com uma camisa do Corinthians e viu de perto a atuação destacada de Hugo Souza.
Próximos compromissos antes da pausa
As duas equipes ainda têm um último compromisso antes da pausa para o Mundial de Clubes. O Corinthians enfrenta o Grêmio fora de casa, na Arena do Grêmio, na quinta-feira (12), às 20h. Já o Vitória joga no mesmo dia, às 19h, contra o Cruzeiro, no Barradão.
A pausa será crucial para os dois clubes ajustarem suas estratégias e buscarem reforços. O Corinthians precisa encontrar soluções ofensivas mais consistentes, enquanto o Vitória deve trabalhar para manter a consistência defensiva e melhorar seu poder de ataque.
Empate com gosto amargo

Apesar do empate sem gols, o jogo entre Corinthians e Vitória teve ingredientes de um bom espetáculo: chances claras, atuações individuais relevantes, tensão nas arquibancadas e interferência direta dos goleiros. Mas, para os objetivos dos dois clubes na tabela, o 0 a 0 foi insuficiente.
O Corinthians demonstrou evolução tática e presença ofensiva, mas não pode depender exclusivamente da bola parada ou de lampejos individuais. Já o Vitória, que começou tímido, mostrou reação e garra, mas também precisa encontrar alternativas criativas para balançar as redes.
Resta saber o quanto essa partida, assistida por Ancelotti, pode influenciar futuras convocações e como os dois times irão se preparar para a retomada do campeonato. Por ora, o empate é mais um sinal de que o Brasileirão 2025 será equilibrado até os últimos capítulos.
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