O Palmeiras estreou na Copa do Mundo de Clubes com uma atuação forte, dominante, mas que acabou frustrante no placar. Diante de um MetLife Stadium praticamente verde em Nova Jersey, o Verdão bombardeou o Porto com finalizações, teve bola na trave, parou em boas defesas do goleiro Cláudio Ramos, mas não conseguiu tirar o zero do placar. Um empate que deixa o time empatado com todos os demais integrantes do Grupo A, após a primeira rodada terminar sem gols em ambas as partidas.

Pressão desde os primeiros minutos
Desde o apito inicial, o Palmeiras mostrou que não foi aos Estados Unidos a passeio. Empurrado pela torcida, que compareceu em peso, o time comandado por Abel Ferreira impôs um ritmo intenso. Logo aos quatro minutos, Estêvão quase abriu o placar. O Porto respondeu aos 13 e 31 minutos com chegadas perigosas, mas parou em Weverton, que teve noite inspirada.
A movimentação ofensiva foi intensa. Estêvão e Maurício trocaram de lado buscando novas opções de ataque. A melhor sequência do primeiro tempo veio aos 45 minutos, quando após uma cobrança de falta, o Verdão empilhou chances com Estêvão, Ríos e Maurício em uma blitz alucinante que só terminou com a defesa do Porto se salvando no sufoco.
Palmeiras dominante na segunda etapa

Na volta do intervalo, o Porto assustou logo de cara com Fábio Vieira, mas a defesa palmeirense respondeu com firmeza. E depois disso, só deu Verdão. Abel Ferreira mexeu bem, renovou o fôlego da equipe e voltou a controlar o meio-campo e as ações ofensivas.
Chances se empilharam: Allan quase marcou aos 26, Paulinho aos 32, Flaco López aos 33, Ríos aos 37 e Murilo aos 38 mandou na trave. Foi um verdadeiro massacre em termos de volume de jogo. O Porto ainda tentou responder com André Franco, mas a zaga brasileira não permitiu que a bola chegasse com clareza ao gol de Weverton.
Desempenho positivo, mas placar frustrante
Analisando friamente, a atuação do Palmeiras foi muito sólida. A equipe criou mais, dominou o meio-campo e teve o dobro de finalizações em relação ao adversário europeu. Foram 14 chutes do Verdão contra apenas 7 do Porto. Além disso, o Verdão teve mais posse de bola e muito mais presença ofensiva, especialmente no segundo tempo.
Mesmo com esse domínio, o zero a zero deixou um gosto amargo. A sensação nas arquibancadas e nas redes sociais é de que o Palmeiras teve uma das melhores atuações recentes de um clube brasileiro contra um europeu, mas faltou a bola na rede. Um detalhe que, em torneios curtos, pode custar caro.
Próxima rodada: decisões se aproximam
Agora, o Palmeiras se prepara para enfrentar o Al Ahly, do Egito, na próxima quinta-feira, às 13h (horário de Brasília), novamente em Nova Jersey. A equipe africana também empatou em sua estreia, e o confronto pode ser decisivo para quem sonha com a classificação às semifinais.
Já o Porto encara o Inter Miami, de Lionel Messi, às 16h do mesmo dia, também buscando sua primeira vitória no torneio.
A torcida fez a diferença
Se dentro de campo o gol não saiu, fora dele o Palmeiras venceu de goleada. A torcida brasileira foi maioria absoluta no estádio e transformou o MetLife em uma extensão do Allianz Parque. O barulho, as bandeiras e a atmosfera lembravam mais um jogo de Libertadores em casa do que uma estreia em solo norte-americano.
Esse apoio certamente fortaleceu a equipe, que respondeu com muita entrega e atitude. O futebol apresentado deixou claro que o Verdão tem potencial para brigar de igual para igual com os gigantes do torneio. Falta transformar esse bom desempenho em vitórias — o que pode começar já na próxima rodada.
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