Na tarde desta quinta-feira, o Rosario Central anunciou oficialmente o retorno de um dos seus maiores ídolos: Ángel Di María. Aos 37 anos, o astro campeão mundial com a Argentina em 2022 retorna ao clube que o revelou para o futebol mundial. Com um vídeo comovente divulgado nas redes sociais, o Rosario Central apresentou seu reforço ilustre com a frase: “Bem-vindo, Ángel, estávamos te esperando.” A mensagem foi suficiente para incendiar os corações dos torcedores e marcar um novo capítulo de esperança e emoção na história do clube argentino.
O anúncio veio após muita expectativa. Di María, que atualmente defende o Benfica, retornará ao Rosario após a disputa da Copa do Mundo de Clubes pela equipe portuguesa. Ele desembarcou na cidade de Rosario na quarta-feira para conhecer um sobrinho recém-nascido e concluir os últimos detalhes do acerto com o clube que o viu nascer para o futebol. Segundo a imprensa argentina, o jogador se reapresenta ao Benfica neste sábado e, após o torneio internacional, inicia oficialmente sua segunda passagem pelo Rosario Central.

Divulgação: Rosario Central
O papel de Gonzalo Belloso
Um dos personagens-chave nessa negociação foi Gonzalo Belloso, presidente do Rosario Central. Ex-jogador e companheiro de Di María entre 2006 e 2007, Belloso conduziu pessoalmente o processo de retorno do craque. O dirigente usou sua experiência e vínculo afetivo com Di María para tornar o sonho de muitos torcedores em realidade. Com 51 anos, Belloso conhece bem o ambiente do clube e compreende o peso de uma figura como Di María para a instituição.
Um retorno marcado pela coragem
O retorno de Di María, no entanto, não é apenas um gesto romântico ao clube do coração. É, também, um ato de bravura. Em 2023, o camisa 11 já havia sinalizado o desejo de voltar ao Rosario Central, mas recuou após receber ameaças graves contra sua família. As intimidações incluíram bilhetes, tiros em um posto de gasolina, e até uma caixa com uma cabeça de porco e uma bala, enviada à imobiliária da irmã do jogador. A mensagem era clara: se Di María voltasse, sua filha Pia estaria em perigo.
O próprio jogador comentou o ocorrido em entrevista ao canal Rosario3:
“Creio que foram muitas coisas que me fizeram tomar essa decisão na época. Não foram apenas ‘cartinhas’, houve tiros e coisas graves. Foram ameaças reais, perigosas. Meus pais, minha irmã e minha filha estavam em risco.”
Segundo a imprensa local, essas ameaças vieram de membros de uma das torcidas organizadas do Newell’s Old Boys, principal rival do Rosario Central. As relações tensas entre os clubes de Rosario são conhecidas, e o retorno de uma estrela como Di María certamente eleva ainda mais a temperatura do clássico rosarino.
Plano de segurança elaborado pelo Rosario Central que convenceu Ángel Di María voltar ao clube:
– Apoio das Tropas de Operações Especiais em conjunto com a Polícia Federal;
– Monitoramento terrestre e aéreo (com helicóptero);
– Seguranças particulares 24 horas por dia;
– Disponibilização de carro blindado;
– Presença de policiais civis no estádio Gigante de Arroyito durante treinamentos.
Um filho da casa

Antes de se tornar ídolo mundial, com passagens por gigantes europeus como Real Madrid, Manchester United, PSG, Juventus e o próprio Benfica, Ángel Di María iniciou sua carreira no modesto, porém apaixonado Rosario Central. Entre 2005 e 2007, disputou 39 partidas pelo clube e marcou seis gols. Apesar do pouco tempo, deixou marca e criou laços profundos com a torcida.
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Na Europa, Di María colecionou títulos e atuações memoráveis, incluindo o gol na final da Copa América 2021 contra o Brasil e outra atuação brilhante na final da Copa do Mundo de 2022, em que marcou diante da França. Agora, decide retornar ao lugar onde tudo começou, encerrando sua carreira de maneira simbólica e emocional.
O que esperar da nova fase
A chegada de Di María ao Rosario Central representa mais do que apenas um reforço técnico. É o retorno de um símbolo, de um jogador que carrega nas costas a camisa e a história do clube. Dentro de campo, sua experiência será fundamental para guiar os mais jovens. Fora dele, sua presença inspira e movimenta toda a comunidade canalla.
O Rosario Central ganha não apenas um jogador, mas um líder, um ícone, um herói que volta para casa — mesmo após enfrentar riscos reais para si e sua família. O futebol argentino também ganha: o retorno de grandes nomes ao país eleva o nível da competição local e reforça o vínculo emocional entre atletas e seus clubes formadores.
Com um contrato cercado de expectativas e emoções, Di María está pronto para vestir novamente a camisa azul e amarela. E como o próprio clube declarou: “Bem-vindo, Ángel. Estávamos te esperando.”

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