O Chelsea adicionou mais um capítulo de glória à sua história europeia na última quarta-feira (27), ao conquistar o título da Conference League da UEFA com uma vitória convincente por 4 a 1 sobre o Real Betis. A partida foi disputada na Polônia, e mesmo sendo uma competição considerada de “terceiro escalão”, o troféu tem um sabor especial para os torcedores londrinos: com ele, o clube inglês se torna o primeiro time a vencer todas as competições continentais organizadas pela UEFA.

A conquista fecha com chave de ouro a campanha europeia dos Blues na temporada 2024/2025. Já com dois títulos da Champions League (2012 e 2021), dois da Europa League (2013 e 2019), duas Supercopas da UEFA (1998 e 2021) e dois títulos da extinta Recopa Europeia, o Chelsea agora completa o “ciclo europeu” com a Conference League, mostrando força e consistência ao longo dos anos em diferentes níveis de competição.

Um primeiro tempo complicado

O começo do jogo, no entanto, foi longe de ser fácil para o time inglês. O Betis, bem postado taticamente e com uma proposta agressiva, abriu o placar logo aos oito minutos. Aproveitando um erro defensivo do Chelsea, Isco fez uma bela jogada e achou Abde Ezzalzouli na área. O atacante espanhol finalizou com precisão no canto, sem chances para o goleiro Jorgensen, colocando os espanhóis em vantagem.

Com o gol cedo, o Betis ganhou confiança e dominou as ações no restante do primeiro tempo. A equipe espanhola controlou a posse de bola, especialmente quando Isco era o organizador das jogadas no meio-campo, e soube anular bem as tentativas ofensivas do Chelsea. O primeiro tempo terminou com a vantagem merecida dos espanhóis, e os Blues saíram para o vestiário sem sequer ameaçar o gol defendido por Adrián.

A virada no segundo tempo

O intervalo foi crucial para a mudança de postura do Chelsea. O técnico promoveu a entrada de Reece James no lugar de Malo Gusto, o que deu maior dinamismo ao setor direito da equipe. E a transformação mais impactante veio através de Cole Palmer, jovem revelação do futebol inglês, que assumiu o protagonismo da equipe.

Aos 19 minutos, Palmer fez um cruzamento milimétrico para Enzo Fernández, que apareceu como elemento-surpresa na grande área e cabeceou firme, empatando o jogo. O goleiro Adrián ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar o gol.

A virada veio apenas cinco minutos depois, e novamente com Palmer sendo decisivo. Em uma jogada individual, ele deixou o marcador no chão e cruzou na medida para Nicolas Jackson, que marcou de ombro, colocando o Chelsea na frente do placar.

A essa altura, o Betis se desorganizou defensivamente, abrindo espaços para os contra-ataques. O Chelsea aproveitou. Aos 38 minutos, Jadon Sancho recebeu livre na área, limpou a marcação com categoria e acertou um lindo chute no ângulo, marcando o terceiro gol londrino e praticamente decretando a vitória.

Ainda houve tempo para mais. Nos acréscimos, Moisés Caicedo aproveitou mais um contra-ataque e marcou o quarto, transformando o placar em goleada.

Um feito histórico

Além da taça, o título coloca o Chelsea em uma posição única no futebol europeu. A equipe agora é a única a ter vencido a Champions League, a Europa League e a Conference League – as três competições de clubes atualmente organizadas pela UEFA. Isso sem contar as Supercopas e os antigos títulos da Recopa, o que torna o currículo internacional dos Blues um dos mais completos da Europa.

Próximo desafio: Mundial de Clubes

Agora, o foco do Chelsea se volta para o Mundial de Clubes, que será disputado entre junho e julho, nos Estados Unidos. A equipe já tem data marcada para enfrentar o Flamengo, no dia 20 de junho, pela segunda rodada do Grupo D. A estreia, no entanto, acontece no dia 16, contra o vencedor do duelo entre Los Angeles FC e América do México. Também está no grupo o Espérance, da Tunísia.

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Com moral elevada após a conquista, e um time que parece ter encontrado seu ritmo na reta final da temporada, o Chelsea vai em busca de mais um título inédito para coroar de vez o projeto esportivo que vem sendo construído com investimentos pesados e uma base jovem promissora.

Se o título da Conference League pode não ter o mesmo peso de uma Champions, para o Chelsea ele tem um significado especial: o da completude, da hegemonia europeia em todas as frentes possíveis. E com talentos como Cole Palmer, Reece James e Enzo Fernández despontando, o futuro promete ser ainda mais azul em Londres.