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CBF: Samir Xaud é aclamado Presidente com 20 clubes contra

Samir

Neste domingo histórico para o futebol brasileiro, Samir de Araújo Xaud, um até então desconhecido no cenário esportivo nacional, foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Aos 41 anos, ele se torna o mais jovem a ocupar o cargo, superando Ricardo Teixeira, que assumiu a entidade aos 42 anos em 1989. Médico de formação e nascido em Boa Vista, Roraima, Samir assume a CBF com a promessa de renovação, inclusão e modernização da gestão do futebol nacional.

Sob a bandeira da chapa “Futebol para todos – Transparência, Inclusão e Modernização”, Samir se torna o oitavo presidente eleito da CBF desde 1979. Sua eleição ocorre em meio a um momento conturbado na entidade, após a queda de Ednaldo Rodrigues, destituído pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Embora Ednaldo tenha sido reeleito em março com apoio unânime de clubes e federações, a instabilidade política e jurídica levou à realização de um novo pleito.

Apoio das federações foi decisivo

Mesmo com a resistência de diversos clubes — que organizaram um boicote ao processo eleitoral —, a candidatura de Samir foi amplamente abraçada pelas federações estaduais. Das 27, 25 apoiaram oficialmente o novo presidente, ficando de fora apenas as federações de São Paulo e Mato Grosso. Já entre os clubes da Série A e B, apenas 20 participaram da eleição, sendo 10 de cada divisão.

No total, Samir obteve 103 pontos dos 141 possíveis, um número suficiente para garantir a vitória, ainda que não com unanimidade, como ocorreu na última eleição de Ednaldo. O sistema de votação da CBF atribui peso 3 para votos das federações, 2 para clubes da Série A e 1 para clubes da Série B, o que evidencia o poder concentrado nas mãos das entidades estaduais.

Clubes que apoiaram a eleição de Samir Xaud

Clubes que apoiaram a eleição de Samir Xaud

Clubes que declararam apoio à chapa de Samir Xaud:

  • Amazonas

  • Botafogo

  • CRB

  • Criciúma

  • Grêmio

  • Palmeiras

  • Paysandu

  • Remo

  • Vasco

  • Volta Redonda

Esses clubes foram essenciais para garantir o registro da candidatura de Samir, uma vez que o estatuto da CBF exige apoio mínimo de oito clubes e cinco federações. A forte base federativa compensou a resistência da maioria dos clubes da Série A e B, muitos dos quais optaram por boicotar a eleição em protesto contra o sistema de votação atual, considerado desequilibrado em favor das federações.

Clubes que boicotaram ou se opuseram à eleição

  • América-MG

  • Athletico-PR

  • Atlético-GO

  • Botafogo-SP

  • Chapecoense

  • Corinthians

  • Coritiba

  • Cuiabá

  • Flamengo

  • Fluminense

  • Fortaleza

  • Goiás

  • Internacional

  • Juventude

  • Mirassol

  • Novorizontino

  • São Paulo

  • Sport

Observação: Apesar de inicialmente terem aderido ao boicote, Cruzeiro, Santos e Operário participaram da eleição.

Quem é Samir Xaud?

Samir Xaud chega ao comando da CBF sem nenhuma experiência anterior em cargos executivos do futebol. Filho de Zeca Xaud, presidente da Federação Roraimense de Futebol desde 1975, Samir vinha sendo preparado para suceder o pai em 2027, mas agora terá de se licenciar da função para liderar a entidade máxima do futebol brasileiro.

Sua trajetória pública, no entanto, não é isenta de polêmicas. Como secretário de saúde de Roraima, enfrentou denúncias de erro médico, suposta fraude em documentos no Hospital Geral de Roraima e uso indevido de clínica própria em contratos com a própria CBF, durante a gestão de Ednaldo Rodrigues. Samir nega todas as acusações e atribui os ataques a disputas políticas locais, afirmando nunca ter sido condenado.

Além disso, o site “Uol” revelou recentemente que ele teria tentado regularizar uma propriedade rural de 1.349 hectares dentro de área de proteção ambiental, fato que também é contestado por Samir.

Leia também: https://www.placaresportivo.tv.br/cbf-justica-ednaldo-federacoes/

Promessas e primeiros passos

Em seu primeiro discurso como presidente, Samir afirmou que inicia uma nova era para o futebol brasileiro. “Nossa gestão será marcada pela renovação das ideias e pela agregação de todos aqueles dispostos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento pleno do nosso esporte”, declarou. Ele também reforçou o compromisso com a criação de uma liga nacional, o investimento na arbitragem e a revisão do calendário esportivo — um problema crônico do futebol brasileiro.

Seu time de vice-presidentes conta com nomes influentes do futebol e da política esportiva, como Fernando Sarney (ex-membro do Conselho da FIFA), Flávio Zveiter (ex-presidente do STJD), e presidentes de diversas federações estaduais.

Desafios pela frente

Apesar de eleito, Samir assume com um ambiente dividido. A pressão por mudanças no sistema de governança da CBF é forte e deve se intensificar nos próximos meses. Clubes de maior expressão exigem reformas que descentralizem o poder das federações e deem mais voz aos principais protagonistas do futebol brasileiro: os clubes e suas torcidas.

Além disso, Samir já terá uma missão de peso nesta segunda-feira: apresentar oficialmente Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira. A contratação do italiano foi costurada por Ednaldo Rodrigues antes de sua saída e será agora herdada pela nova gestão.

O Brasil inicia um novo ciclo na CBF, com promessas de renovação, mas também com desafios políticos, institucionais e de credibilidade. O futuro do futebol brasileiro, dentro e fora de campo, está mais uma vez em jogo.

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