Nesta segunda-feira, dia 26 de maio, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) marcou um momento histórico ao apresentar oficialmente Carlo Ancelotti como novo treinador da Seleção Brasileira. Em um evento realizado no Rio de Janeiro, o treinador italiano foi recebido com grande entusiasmo e prestígio pela cúpula da entidade, incluindo o novo presidente da CBF, Samir Xaud, e o diretor de seleções, Rodrigo Caetano.

“Fazemos história hoje”, afirma presidente da CBF

Durante a apresentação, Samir Xaud destacou a importância da contratação de Ancelotti, ressaltando sua experiência e afinidade com o futebol brasileiro:

— Hoje aqui nós estamos fazendo história. A CBF contrata um dos maiores técnicos do mundo. Um cara muito experiente, que ama o futebol brasileiro e que tem experiência com jogadores brasileiros. A CBF fica muito feliz com esse contrato.

Xaud também reforçou o apoio total da entidade ao trabalho do treinador e sua comissão técnica:

— A CBF vai dar total autonomia de trabalho para você, Carlo, e sua equipe. O que nós queremos é colocar novamente a seleção brasileira onde merece.

Rodrigo Caetano exalta trajetória e simplicidade de Ancelotti

O diretor de seleções da CBF, Rodrigo Caetano, também fez questão de exaltar a chegada do treinador:

— É motivo de honra poder estar ao lado hoje do treinador mais vitorioso do mundo, mas que vem para a seleção mais vitoriosa e a maior de todas.

Caetano ressaltou a gestão humana de Ancelotti como um dos fatores que mais o qualificam para o cargo:

— Mais do que o trabalho e a trajetória do Mister, há uma fórmula de sucesso por trás de tudo isso. É a gestão de pessoas e a simplicidade com que faz isso.

As primeiras palavras de Carlo Ancelotti como técnico da Seleção

Muito emocionado, Ancelotti agradeceu o carinho da torcida brasileira e se mostrou motivado com o novo desafio:

— Primeiras impressões são muito bonitas. É uma honra, um grande orgulho comandar a seleção, que é a melhor do mundo.

O treinador reconheceu o tamanho da responsabilidade e prometeu empenho total:

— O desafio é muito grande. Eu vou tentar realizar um trabalho com o nível máximo.

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Conexão com o Brasil vem de longa data

Ancelotti falou com carinho sobre sua ligação com o futebol brasileiro, que começou nos anos 1980:

— Minha conexão com o Brasil começou muito cedo, com Cerezo, Falcão… Depois treinei 34 jogadores brasileiros. Ronaldo, Rivaldo, Kaká, Marcelo, Dida, Cafu… A lista é longa.

A visita ao Rio de Janeiro também foi destacada por ele como especial:

— Pela primeira vez eu venho ao Rio. Finalmente eu cheguei ao Rio. Eu quero aproveitar desta cidade.

Convocação oficial e ausências importantes

Junto com sua apresentação, Ancelotti anunciou sua primeira convocação para os próximos jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, contra Equador (5/06) e Paraguai (10/06). Entre os convocados, destaque para a presença de cinco jogadores do Flamengo e o retorno de Casemiro, ausente desde outubro de 2023.

Lista completa de convocados:

Goleiros:
Alisson (Liverpool), Bento (Al-Nassr), Hugo Souza (Corinthians)

Defensores:
Alex Sandro, Danilo, Léo Ortiz (Flamengo), Beraldo (PSG), Marquinhos (PSG), Vanderson (Monaco), Wesley (Flamengo), Carlos Augusto (Inter de Milão), Alexsandro (Lille)

Meio-campistas:
Bruno Guimarães (Newcastle), Casemiro (Manchester United), Gerson (Flamengo), Andreas Pereira (Fulham), Ederson (Atalanta), Andrey Santos (Strasbourg)

Atacantes:
Vini Jr. (Real Madrid), Raphinha (Barcelona), Gabriel Martinelli (Arsenal), Richarlison (Tottenham), Antony (Betis), Matheus Cunha (Wolverhampton), Estêvão (Palmeiras)

Neymar fora por enquanto

Neymar, ainda em recuperação de lesão, ficou de fora, mas teve seu nome lembrado por Ancelotti com respeito e carinho:

— Neymar é um jogador muito importante, sempre foi e sempre será. Contamos com ele. Falei com ele nesta manhã, ele entendeu totalmente.

Rodrygo e Endrick, desgastado fisicamente e lesionado, respectivamente, também não foram convocados desta vez.

Estilo de jogo e filosofia de trabalho

Sobre o estilo de jogo que pretende implementar na Seleção, Ancelotti foi claro ao evitar rótulos:

— Futebol hoje exige flexibilidade. Tem que ser propositivo em alguns momentos e reativo em outros. Eu não gosto de um time que tenha apenas uma identidade fixa.

Ele também falou sobre a pressão emocional sentida pelos jogadores brasileiros:

— O jogador brasileiro ama a seleção, e isso às vezes pode gerar uma pressão que impede o melhor desempenho. Mas tenho certeza que o Vini Jr. ainda vai mostrar sua melhor versão pela Seleção.

Objetivo claro: reconquistar o protagonismo mundial

Ancelotti demonstrou plena consciência da responsabilidade e do peso da camisa da Seleção:

— A Seleção precisa de jogadores com talento, mas também com sacrifício, atitude e compromisso. Estamos nos preparando para fazer um grande trabalho rumo ao Mundial.

A comissão técnica que acompanha o treinador conta com nomes de confiança como Paul Clement, Francesco Mauri, Mino Fulco, Simone Montanaro, além de Cristiano Nunes, preparador físico do Atlético-MG.

Um novo capítulo para a Seleção Brasileira

Com sua vasta experiência, títulos por clubes gigantes da Europa e grande familiaridade com jogadores brasileiros, Carlo Ancelotti inicia uma nova era na Seleção com otimismo e grande expectativa. A missão não é simples: resgatar a identidade vitoriosa do futebol brasileiro e recolocar o Brasil no topo do mundo.

A torcida, claro, já começa a sonhar — e Ancelotti sabe disso. Como ele mesmo disse:

— Vamos tentar fazer com que o Brasil volte a ser campeão. O trabalho é grande, mas a paixão também.