Beatriz Haddad Maia começou com o pé direito sua campanha em Wimbledon 2025. Na manhã desta segunda-feira, a tenista número 20 do ranking mundial venceu a eslovaca Rebecca Sramkova (34ª) por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (9-7) e 6/4, e garantiu presença na segunda rodada do Grand Slam mais tradicional do circuito.
Com o resultado, Bia agora aguarda a definição de sua próxima adversária, que sairá do duelo entre a britânica Harriet Dart, convidada da organização, e a húngara Dalma Gálfi, número 110 do mundo.
Primeiro set marcado pelo equilíbrio e pela força mental de Bia
A primeira parcial foi bastante disputada e mostrou a resiliência da brasileira em momentos de pressão. Logo no início, Sramkova surpreendeu ao quebrar o saque de Bia em sua única oportunidade no set, abrindo vantagem. Mas a brasileira respondeu prontamente, devolvendo a quebra logo na sequência e mantendo a disputa acirrada até o fim.
O equilíbrio se manteve até o tie-break, quando Sramkova chegou a ter dois set points, incluindo um em seu próprio serviço. No entanto, Bia demonstrou muita maturidade emocional, salvou ambos os set points e conseguiu virar o desempate para fechar o set em 9/7. Foi um momento decisivo na partida e que deu confiança à brasileira para o restante do confronto.
Reação firme no segundo set
No segundo set, Bia começou atrás novamente. A eslovaca abriu 2 a 0, aproveitando-se de uma quebra precoce e impondo pressão. No entanto, a brasileira reagiu com personalidade. Primeiro, salvou três break points no seu game de serviço seguinte, virando de 0/40 para manter o saque. Esse momento foi crucial para mudar a dinâmica do jogo.
Na sequência, Haddad quebrou o saque de Sramkova e empatou a parcial. Com o placar em 3/2 a seu favor, a brasileira passou a ditar o ritmo da partida. No oitavo game, salvou mais dois breaks e mostrou solidez para abrir 5/3. A vantagem foi suficiente para administrar o restante do set e selar a vitória por 6/4.
Histórico de Bia em Wimbledon
Esta é a sexta participação de Bia Haddad na chave principal de simples de Wimbledon. Sua estreia no torneio londrino foi em 2017, quando venceu a primeira rodada, mas caiu na segunda. Em 2023, a brasileira fez sua melhor campanha até agora no All England Club, alcançando as oitavas de final, o que marcou um dos grandes momentos de sua carreira.
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No ano passado, Bia foi eliminada na terceira rodada, em uma campanha que ficou aquém das expectativas. Agora, com uma estreia vitoriosa em 2025, ela volta a sonhar com uma trajetória sólida no torneio.
Recuperação após fase instável

O início da temporada de 2025 não foi fácil para Bia. A tenista chegou a amargar uma sequência de nove derrotas seguidas em partidas de simples, o que causou preocupação entre os fãs e a equipe técnica. No entanto, a brasileira soube se reinventar. Com treinos mais focados e ajustes estratégicos, ela começou a colher resultados novamente.
A conquista do título de duplas no WTA de Nottingham, torneio preparatório disputado também em quadras de grama, foi um dos indícios de que Bia estava reencontrando seu melhor ritmo. A confiança adquirida em Nottingham parece ter sido transportada para Wimbledon, onde ela mostrou segurança mesmo nos momentos em que esteve atrás no placar.
Bia Olha para frente
O desafio agora é manter a consistência nas próximas rodadas. A possível adversária da segunda fase, seja Harriet Dart ou Dalma Gálfi, não deve ser subestimada, mas Bia chega como favorita, principalmente se mantiver a postura determinada e resiliente que apresentou em sua estreia.
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Além disso, a experiência adquirida em edições anteriores de Wimbledon pode ser um diferencial. Bia já provou que tem jogo para incomodar rivais de alto nível na grama, superfície na qual seu saque potente e as trocas agressivas de bola se encaixam bem.
Expectativas para o restante do torneio para Bia
Com uma estreia positiva e uma chave acessível nas rodadas iniciais, Bia Haddad pode, sim, sonhar com mais uma boa campanha em Wimbledon. Seu estilo de jogo vem se adaptando melhor à grama, e a confiança é um elemento que pesa muito em Grand Slams. Caso mantenha a regularidade e continue superando os desafios físicos e mentais da competição, a brasileira tem tudo para repetir — ou até superar — sua campanha de 2023.